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Copa e Olimpíadas devem impulsionar mercado de construção

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Alana Gandra, Agência Brasil

RIO DE JANEIRO - O mercado brasileiro de equipamentos de construção, que experimentou este ano retração de 24% nas vendas devido à crise financeira internacional, deverá se recuperar em 2010, mostrando expansão entre 24% e 25%. De acordo com dados da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), no ano passado, o setor bateu recorde ao registrar alta de 46%. Em 2007, foram vendidas 34 mil máquinas. Este ano, o número se aproxima de 40 mil.

Para isso, deverão contribuir eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e a exploração do petróleo na camada pré-sal.

O vice-presidente Sobratema, João Daniel, disse à Agência Brasil que a perspectiva é extremamente positiva. Segundo ele, a Olimpíada e a Copa são como a cereja para o bolo.

"Esses são projetos que têm data para serem inaugurados. Ou seja, saiu do discurso político e entrou agora a necessidade de ser feito. E esse processo arrasta junto com ele uma série de necessidades de infraestrutura.

Estudo feito pela Sobratema sobre o mercado nacional de equipamentos de construção mostra que enquanto o mercado mundial registrou, nos últimos dois anos, queda de 46% na venda de equipamentos da linha amarela, que envolve construção e mineração, como escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e tratores de esteira, o Brasil cresceu 10%.

João Daniel considerou, porém, que para o tamanho das necessidades do país, o mercado brasileiro ainda é pequeno. Hoje, a média de venda de máquinas no mundo alcança 700 mil unidades. O Brasil participa com 50 mil máquinas na área da construção civil. Nosso mercado ainda é muito pequeno.

A frota nacional de máquinas soma atualmente 80 mil equipamentos, dos quais 50% têm até quatro anos de durabilidade, o que mostra que houve uma evolução significativa nos últimos três anos. A frota era de 60 mil equipamentos, com 20 mil máquinas até quatro anos.

A expectativa para 2014 é que sejam vendidos no Brasil 82 mil equipamentos de construção. Você consegue enxergar nos números como é essa perspectiva? Hoje, a nossa frota de dez anos são 80 mil máquinas. Nós estamos falando que em 2014 há espaço para vender 82 mil unidades em um ano , ressaltou João Daniel.

Ainda de acordo com dados da Sobratema, em 2004 o Brasil ocupava 1% da participação de demanda mundial para equipamentos de construção. Em 2013, a meta é elevar esse número para 3,5%.