Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu em setembro a uma taxa inesperadamente alta, de 18,2%, a maior em mais de 10 anos, pressionado pela elevação do petróleo pelo sétimo mês seguido e pelo aumento das importações da China, mostrou sexta-feira um relatório do governo americano.
O déficit comercial mensal cresceu para US$ 36,5 bilhões, ante dado revisado de US$ 30,8 bilhões em agosto. Analistas de Wall Street esperavam que o saldo negativo aumentasse para cerca de US$ 31,65 bilhões.
Tanto as exportações quanto as importações tiveram o melhor mês desde dezembro de 2008. Mas em um sinal de melhora da atividade econômica, as importações cresceram 5,8% em setembro, maior alta mensal desde março de 1993, e as exportações subiram 2,9%.
As importações de suprimentos e materiais industriais tiveram a maior alta, sugerindo que o setor manufatureiro americano está se aquecendo para aumentar a produção.
O preço médio do petróleo importado saltou para US$ 68,17 por barril, e as importações vindas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) subiram para US$ 11,9 bilhões. Os dois números foram os maiores desde novembro de 2008.
O déficit dos Estados Unidos com a China aumentou 9,2%, para US$ 22,1 bilhões, com alta de 8,3% das importações, para US$ 27,9 bilhões. Os dois números também foram os maiores desde novembro do ano passado.
O déficit comercial diminuiu significativamente em termos anuais por causa da crise econômica. Mas o saldo negativo com a China se reduziu em apenas 15,9% nos nove primeiros meses do ano, em comparação com quedas muito maiores para o Canadá (79,6%), União Europeia (42%) e Opep (71,8%).
Isso reforça a visão de que a moeda chinesa continua sobrevalorizada em relação ao dólar. O presidente dos EUA, Barack Obama, deve levantar essa questão durante encontro na próxima semana com líderes chineses em Pequim.
Com agências