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Ibovespa quebra novo recorde de pontuação no ano

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SÃO PAULO, 13 de outubro de 2009 - Mesmo com os índices norte-americanos em baixa, a bolsa brasileira não se intimidou e terminou o primeiro pregão útil da semana em terreno positivo. Ao final dos negócios, o Ibovespa subiu 0,90%, aos 64.645 pontos, registrando mais um recorde de pontuação no ano. O giro financeiro da bolsa ficou em R$ 5,27 bilhões. No ano, o índice acumula valorização de 72,15%

"Hoje, o mercado acionário brasileiro não acompanhou o desempenho externo. O índice foi puxado principalmente pelo comportamento das ações do setor de construção, além das siderúrgicas e da Petrobras", afirmou Jayme Alves, analista de investimentos da Corretora Spinelli.

Os papéis do segmento de construção civil terminaram entre os destaques de alta do Ibovespa. Os ordinários da Gafisa encerraram com valorização de 8,83%, vendidos a R$ 29,92, acompanhados pelos ordinários da Cyrela Realty e Rossi Residencial, com crescimento de 6,59% e 5,26%, respectivamente.

Hoje, a Cyrela Brasil Realty informou que vai ofertar 43 milhões de ações ordinárias nominativas, escriturais, sem valor nominal. Segundo comunicado, a quantidade total de ações ordinárias poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 6.450.000 ações, equivalentes a até 15% dos papéis ordinários inicialmente ofertados.

"O setor de construção está em destaque na economia brasileira. Além disso, há uma expectativa de resultados trimestrais melhores das companhias deste ramo", ponderou o analista de investimentos da Corretora Spinelli.

As ações das siderúrgicas também ficaram em evidência. No término do pregão, as preferenciais da Gerdau registraram expansão de 4,01%, para R$ 26,95, seguidas pelas preferenciais da Metalúrgica Gerdau, com alta de 3,08%.

Em referência a Petrobras, os papéis da estatal fecharam a sessão com ganhos de 0,50%, negociados a R$ 35,82. As cotações caminharam na mesma direção dos preços do petróleo no mercado internacional. O preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em novembro, subiu 1,3%, cotado a US$ 74,21 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês).

Os investidores repercutiram a informação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para cima a previsão de demanda de petróleo em 2009 e 2010, refletindo sinais de restabelecimento da economia mundial.

Ainda no cenário externo, os agentes acompanharam resultados trimestrais de empresas norte-americanas. A Johnson & Johnson reportou lucro líquido de US$ 3,34 bilhões (US$ 1,20 por ação) no terceiro trimestre de 2009, mostrando alta de 1,1% ante o mesmo período do ano passado.

Além disso, o mercado acompanhou há pouco a divulgação do resultado da Intel. A maior fabricante de chips do mundo obteve lucro líquido de US$ 1,856 bilhão (US$ 0,33 por ação) no terceiro trimestre de 2009, com queda de 7,84% ante o mesmo período do ano passado.

(Déborah Costa - Agência IN)