Na última reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise, criado pelo Governo Federal no início do ano para verificar os reflexos da crise econômica internacional nos setores da economia brasileira, o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, que é membro do Grupo, solicitou a prorrogação da desoneração do IPI para além de dezembro.
'Pedimos a continuação da desoneração porque não faz sentido correr o risco de um eventual aumento de preços dos produtos com um programa como o 'Minha Casa Minha Vida' em andamento. Estamos preocupados e nos articulando para evitar uma possível alta nos preços, principalmente em função do aumento do custo das matérias primas no mercado externo, que está trazendo reflexos para o mercado interno', diz Conz.
Segundo ele, o PVC (Policloreto de Vinila), principal matéria prima para a fabricação de tubos e perfis, teve reajustes superiores a 23% em menos de 30 dias no mercado internacional. 'Os empresários, por sua vez, estão trabalhando no limite e não vão conseguir segurar o repasse para os consumidores, causando um forte impacto em diversos setores, principalmente no setor da Construção', completa.
De acordo com o presidente da Anamaco, com a redução do IPI incidente sobre materiais de construção em abril deste ano, produtos como o cimento, tinta e cerâmica tiveram uma redução média imediata nos preços de 8,5%. 'As lojas tiveram que trabalhar com um preço médio, porque os estoques ainda estavam com mercadorias com o IPI antigo e, em contrapartida, o consumidor já estava solicitando o desconto no balcão. Os produtos do setor ficam, em média, de 60 a 90 dias em estoque.'
(Redação - Agência IN)