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Vendas no varejo do setor crescem 4,9%

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SÃO PAULO, 14 de setembro de 2009 - As vendas no varejo de material de construção cresceram 4,9% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2008. Os dados são da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), entidade que representa as 138 mil lojas do setor existentes no País. Na comparação com julho, o desempenho foi de 5%. Já no acumulado do ano (janeiro a agosto sobre o mesmo período do ano passado), o setor cresceu 2,5%.

Na última reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise, criado pelo Governo Federal no início do ano para verificar os reflexos da crise econômica internacional nos setores da economia brasileira, o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, que é membro do Grupo, solicitou a prorrogação da desoneração do IPI para além de dezembro.

'Pedimos a continuação da desoneração porque não faz sentido correr o risco de um eventual aumento de preços dos produtos com um programa como o 'Minha Casa Minha Vida' em andamento. Estamos preocupados e nos articulando para evitar uma possível alta nos preços, principalmente em função do aumento do custo das matérias primas no mercado externo, que está trazendo reflexos para o mercado interno', diz Conz.

Segundo ele, o PVC (Policloreto de Vinila), principal matéria prima para a fabricação de tubos e perfis, teve reajustes superiores a 23% em menos de 30 dias no mercado internacional. 'Os empresários, por sua vez, estão trabalhando no limite e não vão conseguir segurar o repasse para os consumidores, causando um forte impacto em diversos setores, principalmente no setor da Construção', completa.

De acordo com o presidente da Anamaco, com a redução do IPI incidente sobre materiais de construção em abril deste ano, produtos como o cimento, tinta e cerâmica tiveram uma redução média imediata nos preços de 8,5%. 'As lojas tiveram que trabalhar com um preço médio, porque os estoques ainda estavam com mercadorias com o IPI antigo e, em contrapartida, o consumidor já estava solicitando o desconto no balcão. Os produtos do setor ficam, em média, de 60 a 90 dias em estoque.'

(Redação - Agência IN)