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Lula defende intervenção econômica do Estado

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SÃO PAULO, 24 de julho de 2009 - O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje, durante reunião da Cúpula do Mercosul, em Assunção, as intervenções econômicas do Estado para a recuperação da crise financeira mundial. Lula frisou que os países sul-americanos não foram tão afetados porque não seguiram a cartilha das instituições multilaterais e apostaram no fortalecimento do Estado.

"A mão invisível do mercado não foi capaz de oferecer soluções economicamente responsáveis e socialmente justas. Foi a mão visível do Estado que começou a retirar a economia mundial da beira do abismo", afirmou o presidente.

"No Brasil, por exemplo, mantivemos e fortalecemos os bancos públicos e um Estado regulador vigoroso, que impediu a repetição da aventura financeira praticada nos centros do capitalismo mundial', disse, destacando ser necessário assegurar também os níveis de emprego e produção.

O presidente alertou, entretanto, que é preciso evitar a adoção de medidas protecionistas, que ganharam força após a crise. Em resposta às críticas dos sócios menores quanto às barreiras impostas ao livre-comércio na região, Lula lembrou que no primeiro semestre de 2009 as importações brasileiras vindas dos demais sócios do Mercosul alcançaram o recorde de cerca de US$ 15 bilhões.

"Nosso processo de integração ainda se defronta com dificuldades, mas os críticos da integração regional não podem desconhecer certas realidades. Foi graças ao dinamismo do comércio sul-sul, e em especial do comércio intramercosul, que conseguimos atenuar o impacto decorrente da redução da demanda dos países desenvolvidos", ponderou.

Na avaliação de Lula, a integração não avançará se os benefícios do desenvolvimento não forem distribuídos de forma "solidária e equilibrada" entre os sócios. "Nenhum de nossos países pode se desenvolver separado de seus vizinhos. Não pode haver ilhas de prosperidade cercadas de mares de desigualdade", destacou.

As informações são da Agência Brasil.

(Redação - Agência IN)