"O Ibovespa basicamente replicou o movimento externo, que por sua vez, repercutiu resultados trimestrais e indicadores econômicos positivos", afirma Pedro Galdi, analista de investimento da SLW Corretora, observando a volta de recursos estrangeiros na bolsa brasileira.
Dentre os resultados das empresas norte-americanas divulgados, vale ressaltar a Ford. A montadora reverteu o prejuízo (US$ 8,7 bilhões) reportado no segundo trimestre de 2008 e ganhou US$ 2,261 bilhões neste ano.
Outro balanço que deu ânimo aos negócios foi da Xerox. A fabricante norte-americana de fotocopiadoras anunciou lucro líquido de US$ 147 milhões (US$ ,016 por ação) no segundo trimestre deste ano, redução de 34% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O dado agradou os investidores porque a estimativa era de um ganho por ação em torno de US$ 0,11.
O mercado também acompanhou os números da 3M e do Credit Suisse, que registraram lucro líquido de US$ 783 milhões (US$ 1,12 por ação) e US$ 1,47 bilhão, respectivamente.
Ainda no flanco externo, os agentes financeiros repercutiram ainda o indicador que avalia a venda de imóveis usados nos Estados Unidos. A Associação Nacional de Corretores de Imóveis do país (NAR, na sigla em inglês) divulgou que o índice subiu 3,6% em junho de 2009, somando 4,89 milhões de unidades vendidas no período.
No âmbito doméstico, a valorização das commodities influenciou o desempenho do Ibovespa. O petróleo negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês), por exemplo, terminou com elevação de 2,6%, a US$ 67,10. Com isso, as ações preferenciais da Petrobras caminharam no mesmo sentido, marcando valorização de 2,74%.
Na mesma direção, os papéis da Vale também se beneficiaram pela alta das matérias-primas metálicas. No final da sessão, as ações preferenciais da mineradora brasileira subiram 2,40%, para R$ 31,90.
Já os papéis ordinários e preferenciais da Usiminas atuaram na direção contrária do resultado trimestral, com alta de 4,27% e 3,58%, respectivamente. O lucro da siderúrgica recuou 63% entre abril e junho de 2009, frente aos mesmos meses do ano passado, para R$ 369 milhões.
Os agentes acompanharam ainda dados sobre o mercado de trabalho brasileiro. A taxa de desemprego passou de 8,8% em maio deste ano, para 8,1% em junho, somando 1,9 milhão de pessoas.
(Déborah Costa - Agência IN)