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BRASÍLIA - A indústria nacional recuperou parte desaceleração sofrida por conta da crise econômica mundial e começou a retomar o otimismo em relação à produtividade. A avaliação foi feita nesta quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A utilização efetiva da capacidade industrial instalada teve alta de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, passando a 69%. Mesmo com a recuperação, o indicador ainda está abaixo de sua média histórica, que é de 74%. No segundo trimestre de 2008, a utilização da capacitade estava em 77%.
Já o indicador da evolução do nível de atividade, em uma escala de zero a cem pontos, ficou abaixo da linha dos 50 pontos (48,1 pontos), confirmando queda da produção industrial. Apesar disso, avalia a CNI, o índice de evolução da produção cresceu 12 pontos na comparação com o primeiro trimestre.
"Esse resultado indica que a queda na produção no segundo trimestre foi menos intensa que a apurada no primeiro", pondera a CNI na Sondagem Industrial. Patamares abaixo dos 50 pontos indicam retração, iguais a 50 representam estabilidade e acima desta cifra caracterizam expansão. No último trimestre de 2008, o indicador havia registrado 36,1 pontos, o menor patamar desde o primeiro trimestre de 1999.
Especificamente para o mês de junho, a Confederação Nacional da Indústria mediu pela primeira vez o indicador que registra que 52,4% das empresas disseram ter operado abaixo do usual para este período. Apenas 6% das companhias informaram estar operando acima dos patamares padrões para junho.
Mesmo com a redução do ritmo de queda na produção, os estoques continuam acima do esperado. No segundo trimestre deste ano, o índice chegou ao patamar de 47,7 pontos, diante de 50,6 pontos em relação ao mesmo período do ano anterior. "A redução dos estoques no segundo trimestre não foi suficiente para eliminar os estoques indesejados", diz a CNI.