Agência AFP
SÃO PAULO - O Brasil reduziu sua demanda de gás natural boliviano, de 30 milhões de m³ diários a 21 milhões de m³ diários, desde 14 de julho passado, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
- Novamente, esta semana foram pedidos e programados apenas 21 milhões de m³ diários - explicou o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB)-Transporte, Cyro Camacho, citado pelo jornal La Razón.
O executivo lembrou que a Bolívia exporta tradicionalmente para o mercado brasileiro 31 milhões m³ diários de gás natural, mas desde 29 de dezembro de 2008 os volumes pedidos por Brasil caíram, embora em maio deste ano estivessem em 30 milhões de m³ diários.
Camacho afirmou que a queda do bombeamento de gás natural para o Brasil afeta diretamente o refino de produtos como gasolina, gasóleo (diesel) e gás liquefeito de petróleo (GLP).
O Brasil - explicou o jornal La Razón - diminuiu suas importações por uma redução da demanda industrial, principalmente em São Paulo, assim como pelo aumento de sua capacidade produtiva no sistema hidrelétrico. A Bolívia é o segundo produtor de gás natural na América do Sul, depois da Venezuela.