SÃO PAULO, 21 de julho de 2009 - Com a agenda de indicadores econômicos fraca, os investidores aproveitaram a sessão para avaliar notícias corporativas, fazendo o mercado acionário brasileiro operar com instabilidade durante a sessão, acompanhando os índices norte-americanos. Ao final dos negócios, o Ibovespa marcou valorização de 0,15%, aos 53.233 pontos. O giro financeiro da bolsa ficou R$ 4,83 bilhões.
O desempenho das commodities no mercado internacional ajudou a segurar o principal índice da bolsa brasileira. As ações preferenciais da Vale terminaram a sessão com expansão de 1,47%, cotadas a R$ 31,56. Já as ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e preferenciais da Usiminas ganharam 1,07% e 3,64%, respectivamente.
Enquanto isso, os papéis preferenciais da Petrobras não caminharam na mesma direção das cotações do petróleo, ao encerraram em baixa de 0,25%. Hoje, o preço do barril tipo WTI, negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês) terminou com valorização de 1,3%, para US$ 64,81.
As ações ordinárias da Embraer também merecem destaque, ao encerrarem a sessão entre as maiores altas do Ibovespa, com crescimento de 1,31%, para R$ 8,45. Hoje, Luís Carlos Affonso, vice-presidente da empresa para o mercado de aviação executiva afirmou que a empresa pretende entregar de 35 a 40 jatos executivos Phenom 100 no terceiro trimestre deste ano. Além disso, o executivo ressaltou a manutenção da meta de entregar 110 unidades dos modelos 100 e 300, em 2009.
Ainda no âmbito doméstico, os agentes financeiros aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a taxa Selic, que sai amanhã. O mercado mantém as apostas de que a entidade monetária realizará um corte de 0,5 ponto percentual, para 8,75% ao ano.
Já nos Estados Unidos, sem grandes indicadores, o destaque ficou por conta da Caterpillar. A fabricante de equipamentos para construção, mineração e agronegócio obteve lucro líquido de US$ 371 milhões (US$ 0,60 por ação) entre abril e junho deste ano, superando as projeções dos analistas.
Na mesma direção, os resultados da Coca-Cola e Dupont também centraram as atenções dos investidores. A primeira registrou variação positiva de 43% lucro líquido do segundo trimestre deste ano, para US$ US$ 2,037 bilhões (US$ 0,88 por ação). Enquanto que a Dupont reportou ganhos de US$ 421 milhões entre abril e junho.
Na opinião de José Costa Gonçalves, diretor da Indusval Corretora, os mercados acionários operam em clima de cautela porque os agentes têm dúvidas em relação ao ritmo de recuperação da economia mundial.
Além disso, a notícia de que o CIT Group ainda pode declarar falência, caso a transação para levantar mais recursos não tenha sucesso, deu mais instabilidade aos mercados. A financiadora alertou que prevê um prejuízo de mais de US$ 1,5 bilhão para o segundo trimestre deste ano.
Os agentes financeiros acompanharam ainda o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, no Congresso dos Estados Unidos. Segundo ele, o banco central do país manterá uma política monetária flexível durante um longo período. Bernanke também disse ter observado melhora na conjuntura econômica, mas ponderou que espera aumento na taxa de desemprego do país.
(Déborah Costa - Agência IN)