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BNDES financia térmica a carvão da Energias do Brasil no Ceará

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REUTERS

RIO DE JANEIRO - A EDP-Energias do Brasil obteve financiamento de 1,4 bilhão de reais do BNDES e mais 327 milhões de dólares do BID e bancos para a construção da usina termelétrica Porto do Pecém I, de carvão mineral, no Estado do Ceará, com capacidade instalada de 720 megawatts.

- O pacote de financiamento do empreendimento foi aprovado pelos credores após um longo e rigoroso processo de 'due diligence' que cobriu detalhadamente, entre outros, os aspectos técnico, ambiental, social e econômico-financeiro dos projetos - ressaltou a empresa em nota nesta segunda-feira.

A usina é dividida igualmente pela Energias do Brasil com a MPX. As obras de construção da térmica foram iniciadas em julho de 2008 e o cronograma de implantação prevê início de operação comercial anterior a janeiro de 2012.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social concedeu prazo de 17 anos para a empresa com matriz em Portugal, sendo 14 anos de amortização e carência para pagamento de juros e principal até julho de 2012.

O custo contratado será de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 6% ao ano) acrescida de spread de 2,77 por cento ao ano.

O empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento inclui um financiamento direto (A loan) de 147 milhões de dólares, com prazo total de 17 anos e início de amortização do principal em 2012, e ainda um empréstimo com participação de bancos comerciais (B loan) de 180 milhões de dólares, com prazo total de 13 anos e início de amortização do principal também em 2012.

As taxas iniciais do A Loan e B Loan são Libor mais 350 basis points (bps) e Libor mais 300 bps, respectivamente.

O empréstimo em dólar já foi objeto de contratação tanto de hedge cambial quanto de swap de taxa de juros (de Libor para taxa fixa), destacou a companhia.

O bancos envolvidos no financiamento indireto (B loan) são Millenium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Calyon.

- Considerando o valor total financiado pelo BNDES e BID e o investimento necessário para a implantação do projeto, a estrutura de capital/dívida do projeto será próximo de 25/75 por cento - informou a EDP -Energias do Brasil no comunicado.