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DA REDAÇÃO - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estima que a demanda mundial de petróleo se recuperará apenas em 2011 da contração que sofre devido à crise econômica e alcançará em tal ano os mesmos níveis de 2008.
No ano passado, o mundo consumiu 85,6 milhões de barris diários (mbd). Para este ano, a estimativa é de 84,2 mbd, segundo a "Previsão Mundial do Petróleo 2009", publicada nesta quarta-feira pela Opep.
Em 2010, a demanda subirá levemente, até 84,6 mbd. Só em 2011, o consumo de petróleo do planeta alcançará o de 2008 e, um ano depois, se prevê o primeiro aumento líquido da demanda desde a explosão da crise, até os 86,7 mbd.
As previsões para longo prazo da Opep tiveram que ser corrigidas para baixo de forma notável devido ao impacto da crise econômica global, que reduziu e muito o consumo de petróleo.
A organização estima que as economias dos que consomem mais petróleo, os Estados Unidos, a zona do euro e o Japão, cairão 2,8%, 4,2% e 6,4%, respectivamente, em 2009.
Assim, a Opep reduziu em quase seis milhões de barris diários a demanda calculada no ano passado para 2013, antes da explosão da pior fase da crise após a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, para 87,9 mbd.
Os analistas da entidade petrolífera consideram que levará mais tempo do que o habitual para sair da atual crise, e que no período entre 2010 e 2020 o preço do barril de petróleo se situará entre US$ 70 e US$ 100.
A Opep voltou a ressaltar que preços excessivamente baixos não permitem investir o exigido para responder à demanda futura, o que pode ser a origem de uma nova onda de altas.
"Achamos que os preços baixos do petróleo não são sustentáveis", afirmou o secretário-geral da Opep, Abdullah Salem El-Badri.