Em maio, a queda foi de 7,1% em relação ao mesmo mês do ano passado - a menor taxa registrada desde o início da crise econômica internacional, em outubro de 2008.
"As atividades mais dependentes de financiamento, que costumam vender produtos de maior valor unitário e que dependem consequentemente de crédito, foram as mais afetadas pela crise. Isso explica, por exemplo, porque a indústria teve o pior desempenho relativo entre os três setores", ressalta Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-SP).
Por setores, a indústria apresentou a maior queda no período: 17,6%, seguida por serviços (7,8%) e comércio (2,6%). No setor industrial, os segmentos mais afetados são os de bens de consumo duráveis (máquinas e aparelhos elétricos) e bens de capital (máquinas e equipamentos).
No caso do setor de serviços, o resultado negativo foi influenciado pelos serviços prestados às empresas, como: contadores, advogados, arquitetos, empresas de publicidade, de limpeza e de vigilância. "São atividades que têm entre seus clientes grandes empresas, como as indústrias de grande porte", explica o diretor superintendente do Sebrae-SP.
Na comparação mês a mês, o comércio foi o único setor a registrar crescimento na receita real: 5,3% em maio em relação a abril deste ano por causa da influência das vendas do Dia das Mães.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)