Alana Gandra, Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - Um financiamento de R$ 1,5 bilhão para o grupo Gerdau, do setor siderúrgico, dentro da linha de limite de crédito rotativo, foi aprovado nesta terça-feira pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Criada em 2005, a linha de crédito objetiva facilitar os empréstimos para a realização de projetos de grandes grupos econômicos, clientes tradicionais do BNDES, cujo histórico de crédito apresenta risco reduzido.
O gerente da área de Insumos Básicos do banco, Rodrigo Mendes, informou que os recursos serão liberados à medida em que a Gerdau apresentar os projetos estruturados. A Gerdau pode agrupar vários projetos em uma solicitação só. A ideia do produto é simplificar o procedimento de análise do banco . O BNDES analisa e faz uma contratação única, explicou.
Mendes observou, porém, que a instituição está priorizando em suas análises os critérios de preservação do meio ambiente. Para todos os investimentos, vai ter que ter a licença de instalação, quando for o caso . O projeto que não tiver licença não será contratado, afirmou.
Os investimentos apresentados pelo grupo Gerdau ao BNDES, para efeito de apoio, visando a sua realização nos próximos cinco anos, somam R$ 4,3 bilhões. Eles fazem parte do programa de investimentos previstos pela empresa para o período, no montante de US$ 3,6 bilhões. A análise mais detalhada será feita quando da utilização do limite [de crédito] , disse.
Os recursos se destinam às unidades do grupo Gerdau Açominas, Gerdau Aços Villares, Gerdau Aços Longos e Gerdau Aços Especiais, e serão aplicados em projetos de reforma e modernização, ampliação da capacidade de produção, logística, geração de energia, além de projetos ambientais e de sustentabilidade.
Para Rodrigo Mendes, os projetos de grande porte têm análise à parte e não entram na linha de limite de crédito. O grupo Gerdau é líder na produção de aços longos nas Américas e é, também, um dos maiores produtores mundiais de aço.
O maior financiamento já concedido pelo BNDES a uma empresa, dentro da linha de limite de crédito rotativo, somou R$ 7,3 bilhões e se destinou à mineradora Vale. O contrato foi assinado em abril do ano passado. O crédito será utilizado pela Vale em cinco anos, contados a partir de 2008, e aplicado em 18 projetos a serem realizados no país, principalmente em logística e mineração.