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XANGAI/SEUL - Produtores de aço da China rejeitaram nesta quarta-feira um corte de 33% no preço do minério de ferro acertado no dia anterior por siderúrgicas japonesas. Já a sul-coreana Posco está preparada para aceitar o acordo. A disparade ressalta o crescente ceticismo contra o tradicional sistema de definição de preços de referência.
A insistência da China em um corte no preço da commodity maior que 40%, efetivamente revertendo o salto do ano passado ocorrido após seis anos de aumentos, ameaça solapar o sistema de 40 anos.
Se o sistema não estivesse em cheque atualmente, o acordo anunciado na terça-feira entre a Nippon Steel e australiana Rio Tinto teria definido o preço-base para toda a indústria mundial.
Fontes afirmaram que a sul-coreana Posco vai aceitar o mesmo índice fechado pela Nippon Steel, atingindo as siderúrgicas chinesas que estavam buscando aliados na negociação de cortes ainda maiores nos preços do minério de ferro.
O foco do setor está em definir se a China, cujas importações de minério de ferro mais que quadruplicaram desde 2002, enquanto os preços subiram quase que na mesma proporação, poderá ser forçada a comprar suas importações no mercado à vista ou se aceitará um compromisso anual que deixará o sistema de preços de referência intacto por mais 12 meses.