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Semana termina com ajustes no mercado futuro

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SÃO PAULO, 30 de abril de 2009 - Embora a redução da taxa Selic, promovida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tenha ficado dentro do consenso da maioria dos analistas, o dia de hoje foi dedicado ao realinhamento de preços, principalmente, no mercado de renda fixa. Na BM&FBovespa, as projeções embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de curto e médio prazos se ajustaram para baixo, refletindo a expectativa de novas reduções da Selic nos próximos meses. Já nos contratos mais longos as projeções que caíram muito nos últimos dias se ajustam para cima com os investidores aproveitando para realizar lucro. O DI com vencimento em janeiro de 2010 projetou juro anual de 9,71%, ante 9,77% do ajuste anterior. Janeiro de 2012 subiu de 11,17% para 11,27% ao ano.

"O corte de 1 ponto percentual nos juros foi possível decorrente do nível de atividade que ainda está bastante retraído e a inflação controlada, além disso, uma redução mais acentuada poderia incentivar o consumo e gerar pressão inflacionária em alguns setores da economia", disse um operador de renda fixa.

Para o economista do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, o movimento de cortes nos juros deve ter continuidade esse semestre. Para ele, o colegiado deve promover uma nova redução de 1 ponto em junho e uma última redução de 0,25 pontos em julho, o que deixaria a Selic em 9% ao ano - patamar na qual seria mantida até o final do ano.

"De todo modo, a leitura da ata na próxima semana poderá fornecer indícios dos passos seguintes da política monetária que, entretanto, estarão muito condicionados à evolução dos indicadores econômicos até a reunião de 10 de junho", ressalta.

Hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a confiança da indústria brasileira aumentou pelo quarto mês consecutivo em abril. O índice passou para 84,6 pontos neste mês, com ajuste sazonal, ante 77,8 pontos no anterior.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)