"O corte de 1 ponto percentual nos juros foi possível decorrente do nível de atividade que ainda está bastante retraído e a inflação controlada, além disso, uma redução mais acentuada poderia incentivar o consumo e gerar pressão inflacionária em alguns setores da economia", disse um operador de renda fixa.
Para o economista do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, o movimento de cortes nos juros deve ter continuidade esse semestre. Para ele, o colegiado deve promover uma nova redução de 1 ponto em junho e uma última redução de 0,25 pontos em julho, o que deixaria a Selic em 9% ao ano - patamar na qual seria mantida até o final do ano.
"De todo modo, a leitura da ata na próxima semana poderá fornecer indícios dos passos seguintes da política monetária que, entretanto, estarão muito condicionados à evolução dos indicadores econômicos até a reunião de 10 de junho", ressalta.
Hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a confiança da indústria brasileira aumentou pelo quarto mês consecutivo em abril. O índice passou para 84,6 pontos neste mês, com ajuste sazonal, ante 77,8 pontos no anterior.
(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)