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Prêmios dos DIs se ajustam à nova taxa Selic

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SÃO PAULO, 30 de abril de 2009 - A primeira metade do dia foi dedicada ao realinhamento de preços, principalmente, no mercado de renda fixa. Embora a redução da taxa Selic, promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tenha ficado dentro do consenso da maioria dos analistas, o colegiado do Banco Central ratificou a expectativa da ala majoritária do mercado e cortou a Selic em 1 ponto percentual, para 10,25% ao ano. "Havia espaço para um corte desse, uma vez que o nível de atividade ainda está bastante retraído e a inflação está baixa, além disso, uma redução mais acentuada poderia incentivar o consumo e gerar pressão inflacionária em alguns setores da economia", disse um operador de renda fixa.

Para analistas o movimento de cortes nos juros deve ter continuidade esse semestre, com crescente possibilidade da taxa fechar o ano em 9%, o que implicaria pelo menos mais 1,25 ponto percentual de redução nas próximas reuniões.

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves ressalta que a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) - do primeiro trimestre - e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de abril, apontam para melhora na confiança do industrial. "A indústria foi o setor que mais sofreu nos últimos meses, portanto a sinalização é importante", disse.

Na BM&FBovespa, as projeções embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de curto e médio prazo estão se ajustando para baixo, refletindo a expectativa de novas reduções da Selic nos próximos meses. Já nos contratos mais longos as projeções que caíram muito nos últimos dias se ajustam para cima com os investidores aproveitando para realizar lucro. O DI com vencimento em junho deste ano apontava juro anual de 10,12%, ante 10,13% ao ano, com 335,7 mil negócios e giro de R$ 33,3 bilhões. Janeiro de 2012 subia de 11,17% para 11,19% ao ano.

O Tesouro Nacional realiza hoje os tradicionais leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) e Letras do Tesouro Nacional (LFT).

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)