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LONDRES - As bolsas de valores da Europa ampliavam ganhos nesta quarta-feira, com as ações do setor bancário em forte valorização conduzidas pelo Santander, que divulgou resultado melhor do que o esperado para o primeiro trimestre. Às 8h25 (de Brasília), o índice Eurofirst 300, referência das principais ações européias, subia 0,95%, para 808 pontos, depois de ter recuado 1,5% no pregão anterior em meio a crescentes temores sobre o impacto do surto de gripe suína na economia global.
Santander, BNP Paribas, UBS e Barclays avançavam entre 3,8% e 6%. Um balanço mais forte que o previsto da Siemens também incentivava os investidores. As ações da companhia subiam 5,8%.
- Analistas previam números corporativos realmente ruins, e agora alguns dos resultados superaram as expexctativas, mas não significa que as coisas estão melhorando- disse David Thebault, diretor de vendas da Global Equitites.
A Royal Dutch Shell subia 0,8% após ter ultrapassado as projeções de analistas, ainda que tenha apresentado um lucro acentuadamente menor no primeiro trimestre devido aos preços baixos do petróleo.
A fabricante de pneus francesa Michelin saltava 6,7%, depois de divulgar que as vendas de janeiro a março foram levemente maiores do que o previsto. A empresa informou ainda que está a caminho de gerar fluxo de capital positivo em 2009.
- Nós podemos ter alcançado um ponto de recuperação. Com o consumo de estoques quase finalizado, os mercados devem se estabilizar em breve, e o grupo está começando a tirar proveito total do colapso dos preços da matéria-prima- afirmou Gaetan Toulemonde, analista do Deutsche Bank, em uma nota.
- Deste modo, a recuperação das margens de lucro pode ser tão acentuada como foi o declínio- acrescentou Toulemonde.
A farmacêutica francesa Sanofi-Aventis avançava 3,12% impulsionada por um resultado trimestral mais forte que o esperado. No sentido contrário, o grupo Bayer retrocedia 4,3% depois que a empresa divulgou resultado abaixo do esperado pelo mercado.
Maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal despencava 5,46% depois que seu tão esperado lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) mergulhou 82% de janeiro a março.
Mais tarde, o foco do mercado se voltará para dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e para projeção do Federal Reserve (FED, o banco central americano).