Pela manhã, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou que a economia da região se contraiu 6,1% no primeiro trimestre de 2009. O resultado veio bem pior que o esperado pelo mercado, que apontava para uma retração de 4,7%. O recuo do PIB refletiu a forte queda dos investimentos (-51,8% ante -23,0% no trimestre anterior, destaque para infraestrutura, equipamentos de informática e residências), além da ampliação da queda das exportações (-30,0% ante -23,6%) e importações (-34,1% contra -17,5% no trimestre anterior). Os gastos do governo também foram afetados, mostrando recuo de 3,9%, principalmente com defesa.
O único componente positivo foi o aumento acima do esperado (0,9%) do consumo pessoal, passando de uma queda de 4,3% para uma alta de 2,2%, reflexo da recuperação dos bens duráveis e não duráveis, fato em parte esperado devido ao aumento das vendas do setor varejista.
Além disso, a divulgação de resultados corporativos trimestrais também centrou a atenção dos investidores. O banco espanhol Santander registrou lucro líquido de ? 2,096 bilhões (cerca de US$ 2,779 bilhões) entre janeiro e março deste ano, o que representa uma queda de 5% em relação ao primeiro trimestre de 2008. O lucro por ação foi de ? 0,2472, 19,9% inferior ao período equivalente de 2008, afetada pelas ampliações de capital realizadas.
"Apesar da forte contração do PIB norte-americano e do 1º caso de morte por causa da gripe suína, as bolsas mantiveram seus viés de alta, impulsionado pelos papéis do setor financeiro e petrolíferas. A expectativa é de que o setor produtivo tenha ajustado estoques e produção, podendo mostrar recuperação nos trimestres seguintes, contribuindo para uma melhora do PIB", de acordo com relatório da Arkhe DTVM.
Por aqui, todas as atenções estão voltadas à reunião do Copom. "Não temos dúvidas da existência de espaço adicional para continuidade do processo de afrouxamento monetário no Brasil. Entretanto, acreditamos que o ritmo desse afrouxamento será alterado na decisão a ser anunciada hoje pelo Copom, optando por uma redução de 1 ponto percentual (p.p) na Selic, magnitude inferior àquela divulgada no encontro anterior", segundo relatório elaborado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos.
(Vanessa Correia - InvestNews)