Agência ANSA
ROMA - O ministro do Trabalho mexicano, Ernesto Cordero Arroyo, afirmou nesta terça-feira que a crise econômica internacional tem ocasionado uma queda de 8 a 10% no envio de remessas de mexicanos que vivem nos Estados Unidos.
Cordero Arroyo expôs a situação de seu país em seu discurso na cúpula social do G8 (grupo formado por Itália, Reino Unido, França, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá e Rússia), em andamento em Roma.
Junto aos ministros do G8, participam representantes de Brasil, México, Egito, África do Sul, China e Índia. Também é esperado para esta terça-feira, último dos três dias de reuniões, o pronunciamento do ministro do Trabalho e Emprego brasileiro, Carlos Lupi.
- As remessas em dólares estão sofrendo uma queda de 8% a 10%- disse Cordero, que explicou que tal redução ainda não está causando graves impactos na economia do México, devido à desvalorização do dólar, mas que não deve se manter por muito tempo por conta do avanço da inflação.
Embora o número de remessas tenha caído, o ministro afirmou que não houve um retorno de imigrantes ao país.
- Os mexicanos continuam nos Estados Unidos- provavelmente esperando a crise passar, disse.
Outro risco temido, em consequência da crise econômica, se refere ao programa mexicano de combate ao narcotráfico.
- Em primeiro lugar, porque há menos recursos destinados à luta e prevenção. Em segundo, porque com a crise é mais fácil (para as organizações criminosas) recrutar mão de obra- afirmou Cordero.
O ministro explicou também que as medidas que estão sendo adotadas pelo México contra a crise econômica estão alinhadas com a dos outros países presentes no G14, grupo formado pelo G8 e Brasil, México, Índia, China, África do Sul e Egito.