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Dados sobre inflação favorecem queda das projeções

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SÃO PAULO, 30 de março de 2009 - Novas informações sobre a inflação brasileira contribuíram para a queda na curva de juros nesta manhã. Na BM&FBovespa o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais líquido, recuava de 9,82% para 9,75%.

Os agentes financeiros monitoraram hoje dados do relatório de inflação, boletim Focus e o resultado do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que apontou deflação de 0,74% em março, bem mais forte do que o consenso de mercado, que esperava -0,35%.

Já o boletim Focus trouxe mais revisões para baixo nas expectativas inflacionárias. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,42% para 4,32% neste ano e o mercado financeiro cortou de 0,01% para 0,0% a estimativa para Produto Interno Bruto (PIB) para 2009.

O Banco Central (BC) informou pela manhã que prevê inflação de 4%, no Brasil, este ano. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação de março, a estimativa o IPCA ficou 0,7 ponto percentual menor que a taxa contida no documento anterior, quando a autoridade monetária previa IPCA de 4,7% acumulado em 2009. A projeção está abaixo do centro da meta fixada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para a equipe econômica da Gradual Investimentos em conjunto as novas informações contidas no relatório sintetizam as mudanças ocorridas nos últimos três meses, onde a inflação desacelerou via redução da demanda (doméstica e externa), que por sua vez é subproduto da restrição generalizada do crédito mundial. "Se antes se dava a impressão de que a inflação era ainda um problema sério neste ano, agora vemos um BC [Banco Central] muito mais preocupado com a desaceleração econômica doméstica e externa, e seus efeitos deletérios sobre o nível de emprego", frisa a Gradual Investimentos.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)