Atacado leva IGP-M a registrar deflação de 0,74%

SÃO PAULO, 30 de março de 2009 - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) voltou a registrar deflação este ano. Após ficar negativo em 0,44% em janeiro e subir 0,26% em fevereiro, o IGP-M apresentou resultado deflação de 0,74% em março. Mais uma vez o recuo nos preços ao atacado favoreceram a baixa do índice. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

No ano, o IGP-M registra deflação de 0,92% e, nos últimos 12 meses, alta de 6,27%.

O Índice de Preços por Atacado (IPA), que contribui com 60% do IGP-M, sofreu deflação de 1,24%. No mês anterior, a taxa havia subido 0,20%. O índice relativo aos Bens Finais recuou de 1,25% em fevereiro para 0,15%, em março. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo bens de consumo duráveis, cuja taxa de variação baixou de 0,46% para -1,60%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou desaceleração de 1,08% em fevereiro para -0,09% em março.

Outro indicador componente do IGP-M que sofreu desaceleração foi o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) que registrou deflação de 0,17%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,35%. Os três grupos componentes apresentaram decréscimos: Materiais e Equipamentos caíram de 0,31% para -0,44%; Serviços e Mão-de-Obra recuaram, respectivamente, de 0,88% para -0,16% e de 0,29% para 0,10%.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta 0,43%, em março. No mês anterior, a variação havia sido de 0,40%. Três das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos. A principal contribuição no sentido ascendente partiu do grupo Alimentação (0,25% para 0,60%). Nesta classe de despesa, os destaques foram os itens: frutas (-1,48% para 3,00%), aves e ovos (-1,50% para 1,56%), hortaliças e legumes (2,21% para 3,68%) e adoçantes (4,70% para 9,72%).

Encontram-se também em aceleração os grupos Habitação (0,24% para 0,36%) e Vestuário (-0,72% para 0,00%). No primeiro grupo, as acelerações registradas nos itens empregada doméstica mensalista (0,86% para 2,71%) e aluguel residencial (0,62% para 0,89%) justificam a maior parte do movimento. No segundo grupo, o destaque foi o item roupas (-0,98% para -0,30%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,59% para 0,14%), Transportes (0,52% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,59%) e Despesas Diversas (0,35% para 0,34%) registraram desaceleração.

(Redação - InvestNews)