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Palco de estrelas e de ideias, Fórum quer responder à crise

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Ricardo Rego Monteiro, Jornal do Brasil

RIO - A versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial deverá atrair cerca de 500 participantes entre os dias 14 e 16 de abril. A avaliação, dos próprios organizadores, está longe de converter o Brasil no badalado palco da estação suíça de esqui, que anualmente reúne desde o músico Bono Vox, da banda irlandesa U2, até o ex-secretário de Estado americano, Henry Kissinger. É certo, no entanto, que não será por falta de celebridades que vão faltar luzes no evento do Hotel Intercontinental. A seriedade da crise será suficiente para lançar sobre o Rio os olhares, se não do mundo, de todo o continente.

O programa do Fórum, de acordo com os organizadores, está baseado em cinco temas. São eles Responder proativamente à crise econômica; Construir pontes entre regiões; Integrar para construir um futuro melhor; Implementar políticas públicas para um crescimento sustentável; Aproveitar oportunidades para um ciclo de desenvolvimento verde e enfrentar desafios correlatos.

Vantagens estratégicas

Os temas serão discutidos a partir não só da necessidade de se buscar uma agenda de reformas para a região, como também das vantagens estratégicas do continente frente aos desafios impostos pela crise mundial. Além da expressiva dimensão territorial, também se destacam a rica biodiversidade, a força de trabalho jovem e os sistemas financeiros sólidos nos países da região.

Atenta aos alertas de alguns dos principais especialistas brasileiros, a agenda do Fórum prevê, no capítulo do comércio exterior, um painel voltado para discutir os desafios impostos pela emergência da China como potêncial mundial. Sob o título China: desvendando o parceiro comercial, o painel vai discutir meios de se melhorar as relações do gigante asiático com os latino-americanos.

Também está previsto um painel para debater a Ásia e o Oriente Médio como novas fronteiras para investimentos externos das nações do continente. O Fórum se propõe a discutir meios de tornar os países latinos um manancial de produtos agrícolas e commodities para o extremo e o médio Oriente. Também está prevista a discussão sobre o futuro dos recursos naturais não-renováveis no continente.

No capítulo Políticas públicas para um crescimento sustentável, talvez um dos mais esperados, os palestrantes deverão discutir os reflexos da crise econômica mundial sobre os avanços sociais conquistados pelos países da região nos últimos anos.

Até a data de fechamento desta edição os organizadores ainda não haviam fechado a lista definitiva de participantes.