Na contramão, os veículos figuram como o item de maior interesse dos brasileiro, comalta de 10% para 14%, ajudado por cortes na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns modelos. Fogão, televisão e geladeira aparecem a seguir com 10%, 9% e 9%, respectivamente, das intenções.
Ao mesmo tempo, a parcela de pessoas com prestação atrasada também diminuiu, de 14% para 13%, na comparação interanual. Entre os que estão em débito com os financiamentos, a maioria (68%) está com o carnê em atraso. Em seguida aparece o cartão de crédito (26%).
Para o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, os números mostram que o brasileiro aos poucos põe em prática lições aprendidas com a estabilidade monetária e a maior formalização do mercado de trabalho. "O acesso a linhas de financiamento avançou concomitante ao crescimento do mercado consumidor interno, puxado pela classe C. Por outro lado, as famílias de menor poder aquisitivo sofreram, ao longo de 2008, proporcionalmente mais os efeitos da inflação, ao passo que as consequências da crise na economia real evidenciaram-se. Desse modo, menos consumidores pretendem adquirir algum bem durável", disse
Segundo ele, para impedir o agravamento desse cenário a entidade defende a redução do spread nos financiamentos e a aprovação do cadastro positivo, no Congresso. "Desonerações como no caso do IPI para automóveis também são importantes", conclui.
(VS - InvestNews)