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Ajuda dos EUA ao BofA impulsiona mercados da Ásia

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SÃO PAULO, 16 de janeiro de 2009 - A aversão ao risco que tomou conta das bolsas da Ásia no decorrer da semana parece ter chegado ao fim. Os mercados da região fecharam em alta nesta sexta-feira, impulsionados pelas notícias positivas provenientes dos Estados Unidos. A valorização do dólar ante o iene e o ligeiro avanço nos preços do petróleo também colaboraram para os ganhos nas sessões.

A notícia de que o Bank of America (BofA) receberá US$ 20 bilhões do governo dos Estados Unidos, para ajustar sua contabilidade após a compra do Merril Lynch, trouxe alívio aos investidores.

O humor nos pregões aumentou também por conta da aprovação da segunda metade do pacote de US$ 700 bilhões pelo Senado dos EUA, conforme solicitado anteriormente pelo presidente eleito norte-americano, Barack Obama. Não apenas isto, a Câmara de Representantes dos EUA anunciou um projeto de estímulo econômico de US$ 825 bilhões para impulsionar a economia norte-americana.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia-Pacífico, que mede as bolsas da região com exceção do Japão, operou durante a madrugada com alta superior a 2%, apesar de ter se aproximado da maior queda semanal em dois meses, influenciado pelos resultados corporativos abaixo do esperado e dados que sinalizaram a deterioração da economia mundial.

Em Tóquio, o Nikkei 225 subiu 2,57%, para 8.230,15 pontos, com as ações de companhias exportadoras beneficiadas também pela valorização do dólar ante o iene. No mercado de divisas japonês, a moeda norte-americana terminou o dia cotada a 90,34 ienes, contra 89,08 ienes da última sessão.

Entre as montadoras, os papéis da Toyota tiveram ganho de 5,99%, apesar da notícia de que a fabricante de veículos ampliará os cortes de produção nos Estados Unidos e no Canadá. Já os papéis da Honda cresceram 7,95%, após a companhia anunciar hoje a demissão de 3.100 funcionários temporários no Japão e um novo corte da produção. No setor de tecnologia, os títulos das fabricantes de produtos eletrônicos Sony e Canon tiveram ganho de 4,75% e 1,81%, respectivamente.

Na Coréia do Sul, o índice Kospi de Seul avançou 2,14%, para 1.135,20 pontos. As ações da LG Display subiram 5,70%, mesmo após a segunda maior fabricante mundial de painéis de LCD reportar um prejuízo líquido de 684 bilhões de wons (US$ 504 milhões) no quarto trimestre de 2008.

Em Hong Kong, o referencial Hang Seng apresentou ganho de 0,09%, para 13.255,51 pontos. Na China, o índice Xangai Composto teve alta de 1,78%, para 1.954,44 pontos. Já na Austrália, o All Ordinaries de Sydney avançou 0,52%, para 3.494,90 pontos. Também fecharam no azul os mercados de Taiwan (0,76%), Nova Zelândia (0,34%), Indonésia (1,52%) e Cingapura (1,55%).

No mercado de commodities, o barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em fevereiro, operava às 7h00 (horário de Brasília) com alta de 0,28%, cotado a US$ 35,50 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês).

O ligeiro avanço nos preços ocorre mesmo apesar da expectativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que a demanda mundial por petróleo vai se contrair mais do que o esperado neste ano, e o enfraquecimento da economia poderá afetar o consumo, abrindo espaço para um novo corte de produção.

(Marcel Salim - InvestNews)