"Nos próximos meses novos cortes deverão ocorrer para tentar minimizar a duração desta estagnação econômica. A atividade está enfraquecendo muito rápido e todos os dados estão ruins", avalia Alessandra.
De acordo com relatório do Banco Fator, ainda que sejam promovidos mais cortes de juros na zona do euro, o espaço para afrouxamento da política monetária está cada vez mais limitado. "A pressão por aumento de gastos públicos e políticas fiscais expansionistas vai crescer".
E falando em inflação, hoje a Agência de Estatísticas da Comunidade Europeia, Eurostat, divulgou que tanto na zona do euro quanto na União Européia (UE) a inflação desacelerou em dezembro de 2008, ficando em 1,6% e 2,2% respectivamente.
Na zona do euro, os principais componentes com a maior taxa anual em dezembro foram: Habitação (3,6%), Álcool e Tabaco (3,5%) e Hotéis e Restaurantes (3,3%). Já as taxas mais baixas foram: Transportes (2,5%), Comunicações (-1,8%) e Recreação e Cultura (0,3%).
"Os dados de inflação da zona do euro e da União Européia vieram em linha com a prévia, mostrando que o BCE está com espaço para continuar reduzindo juros", analisa Alessandra. Para a economista, como o mercado já esperava os dados de inflação e a decisão do BCE, não houve grandes repercussões. "As bolsas européias estão um pouco menos negativas, após a confirmação da redução de juros", finaliza.
Há pouco, as bolsas européias operavam em queda. Dentre os principais índices, o FTSE-100, da Bolsa de Londres, caía 0,36%, aos 4.165 pontos. O indicador CAC-40, da Bolsa de Paris, registrava desvalorização de 0,5%, aos 3.036pontos. Já em Frankfurt, o índice DAX recuava 0,22%, aos 4.412 pontos.
(Déborah Costa - InvestNews)