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Deflação mais forte do IGP-10 favorece recuo das taxas

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SÃO PAULO, 15 de janeiro de 2009 - A deflação mais forte do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) favoreceu mais um dia de queda nas projeções de juros embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de curto prazo. O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, caiu de 11,57% para 11,55% ao ano. Por outro lado, os prazos mais longos sobem refletindo o pessimismo do desempenho da economia global. O DI de janeiro de 2012 subia de 11,75% para 11,77% ao ano.

O IGP-10 apontou deflação de 0,85%, em janeiro, abaixo da mediana esperada pelo mercado (-0,34%). A LCA Consultores avalia que este resultado deve reforçar as apostas em um corte robusto da taxa Selic, atualmente 13,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) agenda para 20 e 21 deste mês. A aposta majoritária até então (segundo o boletim Focus mais recente) é de um corte de 0,50 ponto percentual. Contudo, com o resultado de hoje associado a uma rápida e evidente piora do mercado de trabalho, amplia as grandes chances de um corte de 0,75 ponto percentual.

No front externo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou que o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), apresentou deflação de 1,9% em dezembro. Este é o quinto mês consecutivo de queda do indicador. Em novembro, o índice havia caído 2,2%.

Foi informado também que os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos (initial claims, em inglês) avançaram em 54 mil na semana encerrada dia 10 de janeiro, já com ajustes sazonais realizados. O número de solicitações passou de 470 mil solicitações (número revisado) para 524 mil solicitações no período em análise.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)