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Bahia conclui plantio de algodão no oeste

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SÃO PAULO, 15 de janeiro de 2009 - Com mais de 98% das lavouras plantadas, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) já dá por concluída a etapa de plantio na região Oeste da Bahia, que responde por 96% do algodão produzido no estado. Nesta safra, as lavouras de algodão ocupam 282 mil hectares na região, contra 293 mil hectares da safra 2007/08. A redução de 3,9% é resultado direto da crise financeira, que levou muitos produtores de algodão a migrar para commodities com menor custo de produção, como o milho e a soja.

A produção também deve sofrer redução, de 3% a 5%, em razão, do excesso de chuvas no período do plantio, que atrasou o cronograma dos produtores. A expectativa é que sejam colhidas 430 mil toneladas no cerrado da Bahia.

Ao contrário de outras culturas da região, como soja e milho, a maioria dos cotonicultores do Oeste optou por reduzir a área plantada ao invés de diminuir o pacote tecnológico. ´O algodão não nos dá outra alternativa. Quem persistiu na atividade sabe que não se produz algodão sem tecnologia, e que os fertilizantes e a escolha de boas variedades são a espinha dorsal dessa cultura´, diz o presidente da Abapa, João Carlos Jacobsen.

Ele explica que a matriz produtiva diversificada dos produtores do oeste permite o balanceamento das lavouras nas propriedades. Pode-se aumentar a área de soja e milho, por exemplo, commodities com custos relativamente mais baixos, e reduzir as áreas de algodão.

Dois fatores amenizaram o impacto da crise na área plantada. A expressiva aquisição de terras de duas empresas na região, que, somadas, representam cerca de 20 mil hectares a mais de lavouras algodoeiras e a confiança do produtor no apoio do Governo Federal à comercialização. ´O Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) é uma segurança para o produtor, e o ministro Reinhold Stephanes tem sido um grande parceiro.´

(Redação - InvestNews)