A produção também deve sofrer redução, de 3% a 5%, em razão, do excesso de chuvas no período do plantio, que atrasou o cronograma dos produtores. A expectativa é que sejam colhidas 430 mil toneladas no cerrado da Bahia.
Ao contrário de outras culturas da região, como soja e milho, a maioria dos cotonicultores do Oeste optou por reduzir a área plantada ao invés de diminuir o pacote tecnológico. ´O algodão não nos dá outra alternativa. Quem persistiu na atividade sabe que não se produz algodão sem tecnologia, e que os fertilizantes e a escolha de boas variedades são a espinha dorsal dessa cultura´, diz o presidente da Abapa, João Carlos Jacobsen.
Ele explica que a matriz produtiva diversificada dos produtores do oeste permite o balanceamento das lavouras nas propriedades. Pode-se aumentar a área de soja e milho, por exemplo, commodities com custos relativamente mais baixos, e reduzir as áreas de algodão.
Dois fatores amenizaram o impacto da crise na área plantada. A expressiva aquisição de terras de duas empresas na região, que, somadas, representam cerca de 20 mil hectares a mais de lavouras algodoeiras e a confiança do produtor no apoio do Governo Federal à comercialização. ´O Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) é uma segurança para o produtor, e o ministro Reinhold Stephanes tem sido um grande parceiro.´
(Redação - InvestNews)