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TÓQUIO - O plano da Sony para reduzir em US$ 1,1 bilhão as despesas de sua divisão de eletrônicos não é suficiente e a empresa precisará de reestruturação adicional, disseram analistas. A fabricante de televisores e consoles de videogame anunciou na terça-feira que demitirá 16 mil funcionários, reduzirá investimentos e encerrará atividades em certos setores, a fim de reduzir custos anuais enquanto a recessão mundial se espalha e devasta a demanda por produtos eletrônicos.
Mas os analistas consideram que medidas adicionais são necessárias para o vasto império da Sony, que abarca de semicondutores a filmes e seguros, ficou para trás do iPod da Apple no terreno da música portátil e está no vermelho em se tratando de televisores de tela plana.
- Minha impressão era a de que a Sony precisaria adotar mais medidas de reestruturação e o anúncio de ontem foi a exigência mínima- disse Yasuo Nakane, analista da Deutsche Securities.
- O plano continua nebuloso em seus detalhes- acrescentou.
As ações da Sony caíram em mais de três por cento quando o pregão foi aberto depois do anúncio de reestruturação, mas se recuperaram quando um acordo provisório sobre o resgate do governo dos Estados Unidos às montadoras de automóveis do país estimulou as bolsas asiáticas.
Mas a alta nas ações da Sony ficou atrás dos 4% de avanço da rival Sharp e do avanço de 3,2% do índice médio índice Nikkei, o padrão da bolsa de Tóquio. As ações da Sony registraram queda de quase 70% este ano, bem acima dos 43% de queda do Nikkei, e isso forçou a empresa a procurar fundos para honrar o pagamento de títulos de dívida conversíveis que vencem este mês.
A Sony planeja levantar mais de 50 bilhões de ienes (US$ 541 milhões) em títulos, disse um representante do grupo que pediu para não ser nomeado, porque suas ações caíram muito abaixo do preço de conversão.