Porém, a Abraciclo revisou para baixo suas projeções para finalizar 2008. A entidade que antes previa 1.930.000 unidades comercializadas no mercado interno, agora espera finalizar com 1.870.000. Caso isto ocorra será uma expansão de 17% na comparação com 2007.
Em novembro foram comercializadas 108.681 unidades, de todas as marcas filiadas a Abraciclo, frente as 121.460 unidades vendidas no mês anterior, representando uma redução de 10,5% no período.
"A queda nas vendas nos mês passado foi uma questão pontual que sentimos, devido à limitação de crédito. Este fator vem dificultando a comercialização de nossos produtos, que depende muito de financiamento. Acredito que à medida que a escassez melhorar, nossas vendas caminharão no mesmo sentido", afirma Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo.
Nem mesmo a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) conseguiu segurar a queda nas vendas em novembro deste ano. No mês passado, o governo anunciou uma redução de 3,38% para 0,38%, em função do declínio no volume de crédito para o setor.
"A redução do imposto ajudou, mas a medida isoladamente não surtiu efeito porque existe ainda uma falta de liquidez no sistema financeiro para financiar o produto. No entanto, o declínio do imposto ajudou a reduzir o valor da prestação a ser paga e o valor final do financiamento", destaca o presidente da Abraciclo.
Porém no sentido oposto, o bom desempenho do setor até setembro, devido principalmente ao mercado aquecido e as condições de pagamento, prevaleceu nos dados do acumulado do ano. As vendas para o mercado interno subiram 17%, totalizando 1.780.069 unidades comercializadas, contra as 1.517.435 reportadas em igual época de 2007.
De acordo com os associados da entidade, as vendas de motos de 101 a 150 cilindradas tiveram 81% de participação no mercado brasileiro no acumulado do ano. Seguido pelas motos de 151 a 250 cilindradas que responderam por 10% das unidades comercializadas e 7% das unidades de até 100 cilindradas.
(Déborah Costa - InvestNews)