"Apesar de ainda não divulgadas todas as demonstrações financeiras de setembro, os números de junho deste ano já mostravam que os bancos médios mostravam perda de fôlego, antes da crise, evidenciada pela redução da qualidade dos ativos, aumento do nível de perdas e redução de receitas", aponta o levantamento.
De acordo com o documento, esse quadro já foi atenuado pela venda das carteiras dos bancos médios para as instituições maiores, que a própria crise financeira se encarregou de acelerar. "Também é tido como certo uma redução dos ganhos, em todo o sistema, pelo esgotamento da capacidade de financiamento de determinados setores como o automobilístico, cujos fatores impulsionadores como o volume farto de empréstimos e as baixas taxas de financiamento não existem mais".
Se por um lado havia uma relativa fragilidade nos bancos médios, ela foi revertida pela atuação do governo federal com medidas que visam a garantir o pleno funcionamento do mercado e pela atuação dos grandes bancos que souberam aproveitar a oportunidade. Eles alavancaram sua posição no mercado, mediante aquisição das carteiras ou de controle acionário, alicerçados na notória solidez que apresentam, fruto de gestão eficaz nos negócios, aliada à capacidade de gerar e reter resultados quando a economia assim o permitia.
"Mesmo num cenário de incerteza, com menores taxas de crescimento para os próximos anos, ainda se manterá aquecido o mercado interno brasileiro e o crédito vai continuar impulsionando os negócios", prevê o estudo do Serasa.
(Vanessa Correia - InvestNews)