No entanto, segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, os impostos foram apontados como o maior problema para o crescimento da indústria. Para 61% dos empresário os tributos são o pior empecilho para o setor. Embora alta, a taxa ainda é inferior a registrada no ano passado quando 69% dos industriais apontavam os tributos como maior problema.
Outros 17% creditam aos juros a maior dificuldade para a indústria, 14% indicam a taxa de câmbio e 5% a infra-estrutura do País. Apenas 3% deixaram de responder a questão. Em 2007, os percentuais eram 11%, 12%, e 7% e 2%, respectivamente.
Segundo a pesquisa, a perspectiva de que as vendas vão aumentar mais que 15% no próximo ano caíram. Em 2007, 34% dos entrevistados apostavam em vendas maiores. Neste ano, a taxa caiu para 14%. No entanto, 36% dos entrevistados prevêem vendas estáveis em 2009, contra 18% que tinham essa estimativa para 2008.
Apesar disso, 29% dos empresários acreditam que a rentabilidade vai cair no ano que vem e 39% projeta um rendimento igual ao deste ano.
Já a criação de empregos pode ser afetada em 2009. Para 20% dos industriais as vagas podem aumentar, contra 51% que tinham essa previsão para 2008. O percentual cresceu entre os que acreditam em menor nível de emprego (de 7% para 24%). O estudo mostra que os setores menos otimista, neste quesito, são máquinas e equipamentos e indústria automotiva e auto-peças.
De acordo com a média das estimativas o dólar deve atingir R$ 2,09 no final de 2009. No entanto, a própria Fiesp não faz previsões sobre o câmbio. "Não se sabe qual o patamar que o dólar vai parar. Estamos vivendo um momento de incerteza. Não podemos ser futuristas, tentando prever o que vai acontecer", disse hoje o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
(Vanessa Stecanella - InvestNews)