De acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da Coréia do Sul, a produção total das montadoras ficou em 328.178 unidades em novembro deste ano, o que representa uma queda de 18,2% em comparação ao mesmo mês de 2007.
As vendas domésticas registraram uma queda de 27,7% em novembro, em termos anuais, para 70.453 unidades, enquanto as exportações foram reduzidas em 12,5%, para 248.943 veículos. Durante o mês passado, o modelo mais vendido foi o New Morning, seguido pelo Sonata, Avante e SM5.
Para reduzir o grande volume nos estoques e também os custos, as fabricantes sul-coreanas, lideradas pela Hyundai Motor e pela sua filial Kia Motors, estão tomando várias medidas, como por exemplo a redução na jornada de trabalho de seus funcionários.
A Hyundai Motor já revelou que reduzirá a produção em todas as suas plantas localizadas no exterior, principalmente devido à queda nas vendas de automóveis na Europa, Estados Unidos e China. A montadora, que também possui fábrica no Brasil, já reduziu sua produção mensal em 10% em suas sete plantas localizadas na Coréia do Sul.
As vendas de veículos da Hyundai no mundo caíram 1,6% em novembro de 2008, em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a companhia, os maus resultados são atribuídos à queda na demanda doméstica e no exterior.
A Kia Motors, segunda maior fabricante de automóveis da Coréia do Sul, informou que suas vendas globais recuaram 3% em novembro deste ano, em relação à igual período do ano anterior. Já a GM Daewoo Auto & Technology, filial sul-coreana da montadora norte-americana General Motors (GM), anunciou que suas vendas caíram 28,8% no mês passado, em comparação ao mesmo período de 2007.
Outras montadoras na Coréia do Sul também sofreram perdas em novembro. A Renault Samsung Motor, filial sul-coreana da fabricante francesa Renault, teve queda de 30,6% nas vendas globais durante o mês passado, em termos anuais. Já a Ssanyong Motor, filial sul-coreana da Shanghai Automotive Industry da China, obteve o pior resultado: uma redução de 62,6% nas vendas mundiais de veículos em novembro.
Após as eleições nos Estados Unidos, que levou Barack Obama à Presidência da maior economia do mundo, os meios de comunicação da Coréia do Sul levantaram a hipótese de que a Hyundai e sua filial Kia Motors seriam prejudicadas por possíveis políticas protecionistas impostas pelo governo norte-americano.
Na ocasião, a Hyundai afirmou que "a eleição de Obama não terá efeito negativo sobre os automóveis sul-coreanos". Para o próximo ano, a montadora acredita que "os pacotes de estímulos para a economia norte-americana, que serão promovidos pela nova administração dos EUA, beneficiarão a indústria automotiva da Coréia do Sul", acrescentou.
(Marcel Salim - InvestNews)