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BRASÍLIA - A estabilidade do nível de emprego no país é questão 'central' para o governo e todos os esforços estão centrados em garantir a manutenção do investimento e de uma taxa de crescimento econômico de 3,5 a 4,0 por cento em 2009, afirmou a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nesta quinta-feira.
- Nós vamos tomar todas as medidas para evitar ao máximo o desemprego- disse a jornalistas antes de reunião com sindicalistas em Brasília.
- Isso é uma das questões centrais para o governo, não deixar uma queda do emprego que comprometa tudo o que conquistamos até agora- acrescentou.
Segundo a ministra, o governo ainda avalia o cenário da produção e do emprego e não definiu possíveis medidas.
- Isso vai depender de várias variáveis econômicas e não só de negociações com o BNDES. Acho que o governo hoje tem os instrumentos para diminuir a quantidade de desemprego- disse.
Em outubro, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5 por cento, a menor do ano, mas o desaquecimento da atividade provocado pela crise financeira global já dá sinais de que pode afetar esse quadro.
A Vale, por exemplo, anunciou a demissão de 1.300 empregados no mundo inteiro devido à retração da demanda mundial. Representantes do setor de construção civil, importante empregador, também já anunciaram que o cenário de contratações é incerto.
A produção industrial caiu 1,7 por cento em outubro, maior recuo em quase um ano.
- O governo tem conversado com os empresários no sentido de manter a produção e o crédito- acrescentou Dilma.
- No momento de queda da produção é muito difícil você manter a decisão de investir, há que manter a decisão de investir para manter emprego- finalizou.