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Para a Vale, auge da crise financeira dura até março

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Portal Terra

BRASÍLIA - O diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta quarta-feira em Brasília que o auge da crise econômica mundial deve durar pelo menos até março. Neste período, estima o executivo, as empresas estarão sempre "com o pé no freio" e diminuindo sua produção.

- Existe hoje uma questão séria no mercado, o mercado parou. Está tudo parado. Todo mundo esperando para ver o que vai acontecer. E quando todo mundo espera para ver o que está acontecendo, ninguém entende o que está acontecendo na realidade. Acho que ainda têm alguns meses de ajuste forte e temos que passar por isso- observou Agnelli após assinatura de acordos com o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak.

- O mercado está parado em todos os sentidos, em todo lugar. Hoje tem um problema sério que todo mundo breca, segura, espera um pouco para ver o que está acontecendo. Começa o outro ano, todo mundo vê que é o outro ano e todo mundo começa a trabalhar- disse.

- Acho que agora todo mundo tem que ter fôlego. Ainda temos pelo menos mais um mês, dois meses de incerteza, até a virada do ano. Acho que os negócios começam a se retomar em nível diferente do que vinha lá para fevereiro, março- completou o dirigente.

Na tarde desta quarta, a Vale assinou um convênio com o Korean Kexin Bank para receber uma linha de financiamento no valor de R$ 1 bilhão, que será aplicado em projetos da mineradora voltados à exportação para o mercado coreano.

- Vamos (...) exportar para Coréia matéria-prima, tanto minério de ferro quanto cobre, níquel, alumínio. Por enquanto é uma linha de crédito que a gente requisitou, e eles concordaram em conceder. A gente vai avaliar agora em quais projetos a gente vai usar esse US$ 1 bilhão. A gente está bem em termos de crédito. Foi em boa hora. A gente já tem algumas outras linhas- comentou Agnelli.