Com reservas estimadas em torno de 309 mil toneladas de urânio, "abundante para atender ao país", o presidente da INB disse que o país poderia exportar na faixa de mil toneladas/ano, mesmo com a entrada em operação de novas usinas nucleares, além de Angra I e II.
"A idéia seria de exportar um volume estimado em mil toneladas de urânio beneficiado a cada ano, mas a intenção esbarra na falta de regulamentação especifica e da decisão política do governo federal", disse.
Adriano Maciel disse ainda que o país precisa de mais investimento no setor para voltar a realizar pesquisas, descobrir novas reservas e explorar o imenso potencial existente para a produção de urânio em larga escala.
"O último investimentos que fizemos em pesquisa foi em 1985. A verdade é que as pesquisas estão paradas atualmente no país e em números aproximados foram gastos apenas US$ 160 milhões para realizá-las no país, embora tenham um potencial enorme de produção", afirmou.
O executivo da INB estimou que o país possa atender a demanda nacional com urânio totalmente enriquecido no Brasil, mesmo com a projeção de construção de novas usinas nucleares nos próximos anos.
"É a auto-suficiência total, qualquer que seja o horizonte de nucleares, quatro, oito, as unidades de Angra. O país está trabalhando para chegar a 2014 dominando todo o ciclo de enriquecimento de urânio", garantiu.
Adriano Maciel Tavares disse que com a entrada em produção da mina de Santa Quitéria, no Ceará, em 2012, o país estará produzindo, só nessa unidade, 1.200 toneladas de urânio, volume que saltará para 1.500 toneladas em dois anos.
"Nossa projeção, e estamos trabalhando para isto, é de que Caitité (BA) - mina de urânio explorada em parceria com a Galvani fertilizantes - possa também estar produzindo, em 2011, outras 800 toneladas. Então, ou teremos uma grande quantidade de urânio estocada, ou vamos ter que exportar. Mas a expectativa é de que, em 2013, nós cheguemos para o governo e avisemos: olha nós temos este excedente, podemos exportar?"
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)