Apesar de nova rodada de notícias negativas, o movimento comprador visto em Nova York é influenciado pela notícia de que os resultados da HP devem superar estimativas do mercado. Segundo resultados preliminares referentes ao quarto trimestre fiscal deste ano - encerrado em 31 de outubro - a companhia estima receita de US$ 33,6 bilhões, aumento de 19% sobre o mesmo período do ano anterior. O lucro por ação deverá ser de US$ 0,84. Ao realizar a perspectiva para o ano de 2009, a empresa considerou o atual ambiente econômico e o fortalecimento do dólar. Para o primeiro trimestre fiscal de 2009, a HP espera receita entre US$ 32 bilhões e US$ 32,5 bilhões, enquanto que para o acumulado de 2009, a expectativa é que a receita se situe entre US$ 127,5 bilhões e US$ 130 bilhões.
Porém, a perspectiva de recessão global preocupa os investidores. O ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano, declarou que a contração na economia japonesa, segunda maior potência do mundo, pode continuar durante o atual ano fiscal e em 2009. Ontem, foi anunciado que o Produto Interno Bruto (PIB), referente ao terceiro trimestre, apresentou contração de 0,4% ante retração de 0,9% no trimestre anterior (dado revisado).
A crise continua afetando as empresas. Depois de o Citigroup anunciar corte de 52 mil postos de trabalho, cerca de 20% de sua equipe, a Pepsi Bottling Group, maior engarrafadora e distribuidora mundial dos produtos da Pepsico, divulgou que deve eliminar 3.150 postos de trabalho. O movimento também será seguido pela gestora de fundos Black Rock. Ainda no âmbito corporativo, outras notícias merecem destaque. A Ford anunciou que vendeu 20% do capital da Mazda. Já o diretor executivo da Yahoo!, Jerry Yang, renunciou ao cargo.
Mas, a menor demanda por commodities derrubou o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) norte-americano. O indicador apresentou deflação pelo terceiro mês consecutivo. O recuo de 2,8% em outubro ficou acima das expectativas do mercado, que projetava queda de 1,8%. Já o núcleo do indicador, que exclui os preços de alimentos e energia, avançou 0,4% em outubro.
(Vanessa Correia - InvestNews)