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Chegada de Cristina Kirchner ao G20 não será 'triunfal'

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Agência ANSA

BUENOS AIRES - A chegada da presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner a Washington para participar da cúpula do G20 "não será triunfal", já que, até agora, apenas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que irá se reunir com a mandatária, afirmou o jornal La Nación

Segundo a publicação, a falta de interesse dos líderes mundiais pela Argentina reflete "a irrelevância em que se encontra o país no mapa do poder durante os últimos anos".

O jornal chega a listar os "sinais sutis" que colocam a Argentina em uma posição desprivilegiada no contexto mundial: nenhum dos chefes de governo que participarão da cúpula do G20 mostrou interesse em se reunir com a delegação argentina, com exceção do presidente Lula.

O país também precisará enfrentar a pressão dos Estados Unidos e de outros países industrializados que pretendem diminuir o número de participantes do grupo, criado há dez anos para prevenir desastres econômicos e discutir reformas do sistema financeiro internacional. A Argentina "seria um dos primeiros a sair, se o plano vingar", opina o La Nación.

O jornal ainda acrescenta que a chegada hoje da presidente para a reunião de amanhã coincide com previsões econômicas negativas sobre o futuro do país, realizadas por analistas de Wall Street.

Apesar disso, Cristina Kirchner irá apresentar sua proposta de uma reforma integral dos organismos econômicos internacionais, principalmente do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que se torne o motor da recuperação mundial.

Segundo indicaram fontes oficiais, essa proposição significa "contribuições financeiras sem intervenção na política interna dos países credores".

Essa posição também é compartilhada pelo Brasil e outros países emergentes, além do presidente francês, Nicolas Sarkozy, um dos maiores defensores de uma reformulação da ordem financeira mundial que possibilite uma maior regulação dos mercados.