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LONDRES - Após seu triunfo eleitoral de terça-feira, o presidente-eleito dos EUA, Barack Obama, enfrentará problemas econômicos numa escala inédita desde a década de 1930.
A seguir, alguns dos principais desafios e possíveis políticas do novo governo democrata.
CRISE FINANCEIRA
A crise financeira dos EUA é a pior desde a Grande Depressão. Economistas dizem que o país está numa recessão que ainda pode piorar até a posse de Obama, em janeiro.
Obama defende um segundo pacote de estímulo para a economia, avaliado em 175 bilhões de dólares, com ênfase na infra-estrutura e em benefícios fiscais para a classe média.
SAÚDE
Obama propõe um plano nacional de seguro para permitir que indivíduos e pequenas empresas comprem planos de saúde semelhantes aos do funcionalismo público federal. Parte do dinheiro para isso viria de um imposto sobre empregadores que não oferecem plano de saúde.
O novo presidente também apóia a criação de prontuários médicos eletrônicos para melhorar a eficiência e reduzir erros.
ENERGIA
A dependência dos EUA em relação ao petróleo estrangeiro é considerada uma ameaça à segurança física e econômica dos EUA. Obama se diz aberto à exploração de petróleo em alto-mar e à energia nuclear, mas enfatiza a necessidade de melhorar a eficiência energética e investir em energias renováveis.
IMPOSTOS
Obama enfatizou suas propostas fiscais durante a campanha, dizendo que as proposta de seu rival John McCain iriam beneficiar as grandes empresas, enquanto as suas ajudariam mais a classe média.
Obama quer ampliar isenções por dependentes e para mutuários da casa própria que optarem pela declaração simplificada do imposto de renda. Também propõe isentar do imposto os idosos que ganhem menos de 50 mil dólares por ano.
Ele também pretende cancelar alguns benefícios fiscais que haviam sido concedidos pelo presidente George W. Bush aos mais ricos.
COMÉRCIO
Obama promete rever o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e usar acordos comerciais para promover boas práticas trabalhistas e ambientais no mundo. Ele também promete acabar com regras fiscais que estimulam a transferência de empregos dos EUA para o exterior.