O longo ciclo de expansão também se confirma no comportamento dos índices que comparam o trimestre ao trimestre imediatamente anterior, série ajustada sazonalmente, que vêm crescendo pelo décimo segundo trimestre consecutivo. A taxa de 2,7% neste trimestre foi a maior desde o terceiro trimestre de 2004 (2,9%). Nas categorias de uso, comparando-se o segundo e o terceiro trimestre de 2008, o segmento de bens de capital sai (de 2,4% para 6,2%), manteve a liderança pelo segundo trimestre consecutivo, ao mesmo tempo em que bens de consumo duráveis (de 1,1% para 0,6%) teve a única desaceleração entre os dois períodos. Os setores de bens intermediários e de bens de consumo semi e não-duráveis, ambos com acréscimo de 1,8% no terceiro trimestre, registraram resultados mais elevados que os do trimestre anterior (respectivamente 0,1% e 1,0).
De janeiro a setembro atingiu 6,5% de expansão, apoiado no crescimento de 22 atividades, com veículos automotores (17,6%) liderando a expansão global, sustentado pela maior produção de automóveis e caminhões, vindo a seguir máquinas e equipamentos (10,6%), com destaque para a maior produção de aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias e máquinas para colheita. Também com contribuição relevante na taxa global, destaca-se outros equipamentos de transporte (31,5%), impulsionado pela elevada produção de aviões e motocicletas. Por outro lado, madeira (-8,9%), ainda pressionada pela redução nos itens madeira serrada e compensada, e fumo (-8,0%) registraram os maiores impactos negativos. Os índices por categorias de uso confirmam o maior desempenho dos setores produtores de bens de capital (18,9%) e de bens de consumo duráveis (12,1%), padrão que vem marcando a dinâmica industrial desde 2006. Abaixo do ritmo da indústria geral (6,5%) crescem as categorias de bens intermediários (5,2%) e bens de consumo semi e não-duráveis (2,3%).
Em síntese, o índice para setembro revelou avanço em relação a agosto de 2008 (1,7%), mantendo a trajetória ascendente da atividade produtiva, observada desde o início do ano pelo índice de média móvel trimestral. Ainda na série ajustada, também foi observada uma aceleração do segundo para o terceiro trimestre de 2008 (2,7%). Essa taxa trimestral foi a mais elevada desde o período julho-setembro de 2004 (2,9%). No confronto com setembro de 2007, o crescimento de 9,8% atingiu a maioria dos segmentos industriais, influenciado, em parte, pelo efeito-calendário. Tomando-se como base a série dos índices com ajuste sazonal, o avanço frente a setembro de 2007 também se mostrou significativo (7,3%), sustentado pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica, em linha com as estatísticas mais recentes do comércio varejista e da evolução do emprego e da renda.
(Redação - InvestNews)