"As aquisições que estamos estudando, e que faremos, nos permitirá garantir a liderança no segmento de crédito consignado", afirmou Mendes. Segundo o executivo, o BB já havia adquirido R$ 1,5 bilhão em carteiras de créditos e a iniciativa pôde ser ampliada após medidas do Banco Central (BC), anunciadas na semana passada, que permitem deduzir do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo o valor de aquisição de operações de crédito.
Pelas alterações, o BB teria até R$ 6 bilhões potenciais para destinar à aquisição de carteiras de crédito. "Hoje, estamos mirando nestes R$ 3 bilhões. Mas, se outras boas oportunidades aparecerem, também iremos analisá-las", disse Mendes.
Quanto à notícia de que os ratings de bancos médios estariam sob revisão, o executivo afirmou que isso não atrapalhará as aquisições. "Isso porque o crédito consignado possui uma inadimplência muito baixa e existe a co-obrigação da outra instituição. Estamos duplamente garatidos", completou vice-presidente de finanças, mercado de capitais e relações com investidores da instituição.
Atualmente, 34% da carteira de crédito voltada à pessoa física do Banco do Brasil é composta pelo crédito consignado - 90% no setor público -, com prazo médio de 34 meses. Este montante significa um market share de 19,4%. Os estoques alcançaram R$ 14 bilhões ao final de junho, crescimento de 38% ante igual período de 2007.
(Vanessa Correia - InvestNews)