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SÃO PAULO - O mercado financeiro mundial respirou um pouco mais aliviado neste fechamento de mês por conta da expansão da economia americana. O avanço de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos superou as previsões, em um momento em que aumentaram muito os temores quanto à possibilidade de uma desaceleração mais forte da economia mundial.
Europa e Japão já dão sinais claros de deflação. Os números melhores da economia dos Estados Unidos surpreendem também pelo fato de que, boa parte dos problemas que o mundo enfrenta hoje, como no sistema financeiro e de crédito, veio da crise do setor imobiliário americano, que estourou um ano atrás.
Ações do governo e do Federal Reserve conseguiram segurar a situação. O pacote fiscal, com devolução de impostos, foi um dos fatores que contribuíram para o desempenho melhor da economia no segundo trimestre, ao dar fôlego para o consumo.
O FED, através das injeções de recursos, linhas de crédito mais baratas e outras medidas, conseguiu evitar até mesmo a quebra de instituições financeiras, mais afetadas pela crise do subprime.
Pode se que a reação seja temporária, o impacto do pacote fiscal já passou. E a grande alavanca do crescimento, o aumento das exportações, pode ser comprometida pela retração de outras economias desenvolvidas.
Aliás, esse é um dos motivos da recente queda dos preços das commodities no mercado internacional: a perspectiva de desaceleração da demanda, em função do desempenho pior das economias.
De qualquer modo, a expansão do PIB dos Estados Unidos trouxe alívio em meio ao pessimismo que tem rondado os mercados.