Dentre os fatores que impulsionaram as bolsas de valores norte-americanas esteve o novo recuo do preço do petróleo no mercado internacional, desta vez em função da valorização do dólar frente ao euro e expectativa de demanda menor. O barril da commodity do tipo WTI apresenta desvalorização de pouco mais de US$ 23 desde o recorde, atingido há cerca de 15 dias.
Outro ponto que contribuiu para o movimento foi a divulgação do índice que mede a confiança do consumidor norte-americano. Pela manhã, o Conference Board anunciou que índice passou de 51 pontos registrados em junho, para 51,9 pontos apresentados este mês. O indicador ficou acima das expectativas dos analistas, que projetavam 51 pontos.
"O setor financeiro voltou à cena, mostrando que as preocupações com os desdobramentos da crise estão longe de acabar", afirmou um operador. O banco de investimento Merrill Lynch informou que venderá US$ 8,5 bilhões em ações e liquidará US$ 30,6 bilhões em CDOs (Collaterized Debt Obligations), por um quinto de seu valor, para reforçar seu capital. Na mesma linha, analistas do Deutsche Bank projetaram que o Citigroup venderá US$ 8 bilhões em CDOs, de forma semelhante ao Merrill Lynch.
Os setores aéreo e de construção civil foram os destaques de alta nesta terça-feira. De acordo com analistas, os papéis ligados ao setor de construção começam a apresentar recuperação, após recuarem forte nas últimas semanas. Já as ações ligadas ao setor aéreo repercutem a queda do petróleo no mercado internacional.
Dentre as 66 ações que compõem o Ibovespa, os principais destaques de alta foram Gafisa ON (+6%), CCR ON (+5,87%) e Banco do Brasil ON (+5,76%). Já entre as três maiores desvalorizações estiveram Sadia PN (-2,46%), Net PN (-1,89%) e Cemig PN (-1,82%).
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o Ibovespa com vencimento em agosto registrou alta de 1,64%, a 58.180 pontos.
(Vanessa Correia - InvestNews)