ASSINE
search button

Anvisa aprova Pristiq para tratamento da depressão

Compartilhar
SÃO PAULO, 29 de julho de 2008 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de autorizar a comercialização do medicamento Pristiq (desvenlafaxina), da Wyeth Indústria Farmacêutica, para o tratamento da depressão. O medicamento deve chegar às farmácias brasileiras assim que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aprovar o preço de Pristiq. Nos Estados Unidos, o medicamento foi autorizado pelo FDA, agência reguladora daquele país, em maio deste ano e já é comercializado.

O novo medicamento é indicado para o problema que afeta 17 milhões de pessoas no Brasil e mais de 120 milhões em todo o mundo. Ao contrário dos outros antidepressivos já disponíveis no mercado, Pristiq chega com duas novidades para o tratamento da depressão: menor índice de efeitos colaterais dessa classe de medicamentos, como ganho de peso e perda da libido, e menor taxa de abandono ao tratamento. Além disso, o produto também apresentou baixa interação medicamentosa com anticoncepcionais, por exemplo, fator importante no tratamento do distúrbio em mulheres.

De acordo com o psiquiatra Joel Rennó, diretor do Programa de Atenção à Saúde da Mulher (ProMulher ) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, Pristiq apresenta como vantagem a baixa probabilidade de interação medicamentosa, responsável por parte dos efeitos colaterais relatados pelos pacientes. "Enquanto muitos antidepressivos interagem com outros medicamentos, nos estudos disponíveis Pristiq não leva à interação com o contraceptivo oral, por exemplo, um diferencial muito buscado pelo público feminino. Não há metabolização hepática da substância, por ser formulado à base de sal de succinato´, explica Rennó. ´O perfil do produto possibilita a baixa incidência de ganho de peso e disfunção sexual e a diferente metabolização de Pristiq faz com que os efeitos colaterais mais relatados não apareçam, o que evita altas taxas de abandono ao tratamento" completa.

(Redação - InvestNews)