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Investidor corrige parte do exagero

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SÃO PAULO, 17 de junho de 2008 - Os investidores corrigiram parte dos exageros depois de dois dias de alta nos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, recuou de 14,91% para 14,85% ao ano. Este papel teve 254,5 mil contratos fechados e giro de R$ 20,5 bilhões.

O diretor de gestão da Meta Asset Management, Alexandre Horstmann, atribuiu o ajuste para baixo na curva de juros ao recuo na cotação do petróleo, queda da moeda norte-america e os mercados externos também trouxeram influência positiva nos negócios, ao indicar menor perspectiva de aumento dos juros nos Estados Unidos. No entanto, o executivo frisa que a cautela continua sendo a palavra-chave nas mesas de operações de renda fixa.

A inflação e o provável aumento de juro pelo mundo continuam no radar dos investidores, ressalta Horstmann, lembrando que a autoridade monetária deve voltar a aumentar a taxa básica de juros do país nos próximos meses para evitar uma alta generalizada da inflação. Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) agendada para 22 e 23 de julho o executivo estima novo aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, fixada em 12,25% ao ano.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 0,2% em abril, face ao mês anterior, com ajuste sazonal. Já a receita nominal avançou 0,6% no mesmo período. "Esses resultados expressam uma certa estabilidade no ritmo de vendas em relação a março, como indicado nas trajetórias dos índices de base fixa e das médias móveis trimestrais", destaca o IBGE.

No front externo, destaque ficou para a divulgação do PPI (Índice de Preços ao Produtor), que subiu 0,2% no núcleo em maio, em linha com as expectativas e para os dados da produção industrial, que declinou 0,2% no período. No segmento imobiliário, o departamento de comércio mostrou que o número de pedidos para construção nos Estados Unidos tiveram 969 mil licenças em maio. O valor superou o previsto e sugere uma tímida recuperação da economia do país.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)