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IPCA-15 desacelera para 0,56% em maio

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SÃO PAULO, 28 de maio de 2008 - A prévia da inflação medida em maio mostra uma discreta desaceleração em relação ao mês anterior, entretanto, continua apontando pressão dos preços de alimentos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste mês, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,56%, abaixo do resultado de abril (0,59%) e inferior a expectativa do mercado que projetava alta de 0,60% na média. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,75%, mais do que em igual período de 2007 (1,88%). Também nos últimos 12 meses, a taxa de 5,25% é maior do que a de 4,94% relativa aos 12 meses imediatamente anteriores.

Os produtos alimentícios mantiveram pressão sobre o índice, apresentando alta de 1,26% em maio, próximo do resultado de abril (1,28%), e o grupo foi responsável pela exata metade do IPCA-15 do mês: 0,28 ponto percentual. Vários alimentos ficaram mais caros, com destaque para o arroz (+11,94%), pão francês (+5,84%) e o leite pasteurizado (+3,48%). A alimentação atingiu a maior alta na região metropolitana de Recife (+2,81%), seguida de Goiânia e Curitiba, com elevações de 2,21% e 1,99%, respectivamente. O menor resultado foi verificado em Salvador e Fortaleza, regiões que registraram 0,50% no grupo.

Considerando o resultado do ano, a taxa de crescimento dos preços do grupo Alimentação e Bebidas chegou a 6,18%, com destaque para a região metropolitana de Belém que, em comparação com dezembro de 2007, o consumidor passou a pagar mais 9,89% para se alimentar no mês de maio. São Paulo foi a região metropolitana que apresentou a menor taxa dos alimentos no ano: 4,51%.

Em relação aos produtos não alimentícios, destacaram-se os remédios, 1,73% mais caros como reflexo do reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) com incidência sobre determinados produtos a partir de 09 de abril. As tarifas de serviços bancários, cujos preços subiram 5,28%, os artigos de limpeza e os salários dos empregados domésticos, que cresceram 1,67% e 1,20%, respectivamente, também foram destaques no mês.

Dentre os índices regionais, o mais elevado foi registrado em Recife , que atingiu 1,28% por conta do crescimento de 2,81% nos preços dos alimentos aliado à alta de itens como gás de botijão (9,07%) e energia elétrica (1,59%). O menor resultado foi encontrado em Belo Horizonte (0,13%), influenciado pela queda de 13,92% nas contas de energia elétrica no mês, que reflete parte da redução de 17,11% nas tarifas a partir de 08 de abril.

(VS - InvestNews)