Os pedidos por bens duráveis nos Estados Unidos recuaram 0,5% em abril, bem abaixo das projeções que variavam entre 1,1% e 1,5%, de acordo com o Departamento de Comércio. Já o Índice de Preços ao consumidor Amplo-15 (IPCA-15), indicador mais esperado do dia, uma espécie de prévia da inflação de maio, subiu 0,56%, abaixo do resultado de abril, de 0,59%, amenizando os temores criado logo no início do dia pelo resultado do IPC Fipe. A inflação em São Paulo registrou alta de 1,08% na terceira prévia de maio.
No mercado, prevalecem as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará a taxa básica de juros, a Selic, entre 0,50 e 0,75 ponto percentual em sua reunião da próxima semana.
Para Miriam Tavares, diretora da corretora AGK, embora a expectativa de juros mais altos deva beneficiar a moeda brasileira, uma vez que aumenta a atratividade das aplicações em reais, a perspectiva de um cenário econômico de longo prazo mais pessimista deve predominar e compensar, pelo menos em parte, os efeitos de valorização do real. Em abril, o déficit nas transações correntes alcançou US$ 3,3 bilhões.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)