De acordo com Alencar, percebeu-se até o momento que os países que apresentam as maiores taxas de crescimento estão associados a menores spreads. Da mesma maneira, um melhor ambiente legal reduz o custo da intermediação financeira. 'Com leis claras e modernas, as instituições apresentam um melhor cumprimento dos contratos o que gera mais segurança na hora de gerar crédito. Quanto melhor o sistema judiciário de um país, menor o spread', avalia. 'O crescimento do risco cambial também leva a um avanço do spread bancário', completa Alencar.
No período de estudo, em média, o Brasil teria um spread bancário 14% menor, se tivesse o mesmo ambiente legal que o Chile. Na comparação com a volatilidade cambial, outro indicador avaliado no estudo, o spread bancário seria reduzido em 11,4%, se estivéssemos sujeito à mesma volatilidade cambial que o México.
Ainda segundo Alencar, o aquecimento do mercado acionário também influencia nos spreads bancários. 'Quando o número de empresas que estão se capitalizando cresce em um determinado país, o risco de pagamento dos empréstimos cai, levando consigo a uma redução dos spreads', diz.
A pesquisa Spread bancário e volatilidade cambial: um estudo em economias emergentes analisa os dados anuais de 1999 a 2008 de 17 países, sendo estes: Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Croácia, República Tcheca, Hungria, Índia, Israel, Coréia, México, Rússia, África do Sul, Taiwan, Tailândia e Turquia.
(Angela Ferreira - InvestNews)