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WASHINGTON - A LG Electronics, número quatro no ranking mundial de fabricantes de celular, está acompanhando atentamente a rival Nokia diante das notícias de que a líder no mercado de telefones móveis vá promover corte nos preços de seus aparelhos e ingressar novamente no mercado sul-coreano até o final deste ano.
As ações da LG caíram mais de 8% nesta segunda-feira, na medida em que os investidores avaliam o impacto do potencial corte de preços que a Nokia pretende fazer. Um executivo da LG, entretanto, disse que a empresa estava otimista sobre o desempenho dessa indústria neste ano.
- Estamos interessados no mercado coreano e, por isso, estamos estudando-o, mas ainda não apresentamos nenhum produto para esse mercado - disse o porta-voz da Nokia Kari Tuutti, recusando-se a comentar a política de preços futura.
No final do pregão da Coréia do Sul, as ações da LG fecharam com queda de 3,8%, enquanto as da rival Samsung caíram 4%. O mercado coreano caiu 1,5%.
- Estamos acompanhando a Nokia com atenção - disse Chang Ma, vice-presidente da LG para estratégias de mercado. Os analistas ficaram divididos sobre os impactos dos movimentos da Nokia.
- Uma queda nos preços dos aparelhos Nokia, se acontecer realmente, não vai ser aplicada a toda a linha de modelos - disse Lee Sung-june, analista da SK Securities.
- Além disso, as estratégias de LG e de Nokia são diferentes, já que esta última oferece modelos mais baratos e a LG está mais focada em aparelhos com mais recursos tecnológicos - acrescentou.
John Park, analista da Daishin Securities, notou que, assim como a LG se beneficiou da perda de mercado da Nokia na América do Norte, a entrada da companhia finlandesa no mercado coreano deve ser um fator de atenção para a LG.
Chang Ma disse que a LG também estava pronta para aproveitar qualquer oportunidade que surja com a terceira colocada no ranking mundial Motorola , que passa por dificuldades, ou com a Sony Ericsson, quinta colocada.
A Motorola vem perdendo participação nas vendas mundiais depois de falhar em apresentar ao mercado um substituto à altura do sucesso do Razr, enquanto a Sony Ericsson viu sua lucratividade reduzida à metade no primeiro trimestre, diante de um desaqueciemnto da demanda por aparelhos com recursos como câmera e música.