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Setor imobiliário ainda usa pouco FIDC

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SÃO PAULO, 21 de maio de 2008 - Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) já comprovaram ser uma ferramenta eficaz para a captação de recursos, a custos bem mais atraentes do que os oferecidos pelo mercado. Por ser um instrumento que teve sua implementação muito facilitada nos últimos tempos e ser atrativo para os investidores, muitas empresas vem implantando esta ferramenta, com enorme sucesso, nos lançamentos já realizados.

Apesar de o setor imobiliário estar crescendo muito nos últimos anos e o crédito oferecido para financiamento estar acompanhando este avanço, o setor não está atuando muito com Fundos de Investimento em Direito Creditório. Neste segmento, a opção mais recorrente ainda tem sido os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que são títulos de renda fixa lastreados em créditos imobiliários emitidos por sociedades securitizadoras.

´Este é um dos grandes setores que não estão atuando em FIDC. O setor imobiliário usa CRI para praticamente tudo, ou então, o financiamento direto´, comenta Alexandre Tadeu Navarro, sócio da Navarro e Marzagão Advogados, um escritório especializado na estruturação de FIDC.

Só no primeiro trimestre deste ano, as emissões de CRI avançaram 185,76% no comparativo com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento realizado pela Uqbar Educação & Informação Financeira, para R$ 928,1 milhões. Em 2007, os CRI movimentaram R$ 1,41 bilhão.

Para Navarro, um fator que pode atrair os empresários do setor imobiliário para os FIDCs é a redução dos prazos da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) na liberação destes fundos. ´Muitas empresas tinham temor em fazer FIDC e demorar para ter o dinheiro. A percepção de que os prazos são viáveis em execução traz confiança para que estes empresários venham para este produto´, analisa o advogado.

(Angela Ferreira - InvestNews)