Apesar de o setor imobiliário estar crescendo muito nos últimos anos e o crédito oferecido para financiamento estar acompanhando este avanço, o setor não está atuando muito com Fundos de Investimento em Direito Creditório. Neste segmento, a opção mais recorrente ainda tem sido os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que são títulos de renda fixa lastreados em créditos imobiliários emitidos por sociedades securitizadoras.
´Este é um dos grandes setores que não estão atuando em FIDC. O setor imobiliário usa CRI para praticamente tudo, ou então, o financiamento direto´, comenta Alexandre Tadeu Navarro, sócio da Navarro e Marzagão Advogados, um escritório especializado na estruturação de FIDC.
Só no primeiro trimestre deste ano, as emissões de CRI avançaram 185,76% no comparativo com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento realizado pela Uqbar Educação & Informação Financeira, para R$ 928,1 milhões. Em 2007, os CRI movimentaram R$ 1,41 bilhão.
Para Navarro, um fator que pode atrair os empresários do setor imobiliário para os FIDCs é a redução dos prazos da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) na liberação destes fundos. ´Muitas empresas tinham temor em fazer FIDC e demorar para ter o dinheiro. A percepção de que os prazos são viáveis em execução traz confiança para que estes empresários venham para este produto´, analisa o advogado.
(Angela Ferreira - InvestNews)