Os preços do petróleo voltaram a bater novos recordes, ultrapassando pela primeira vez, os US$ 130. Para os economistas da Gradual corretora, os efeitos dessa alta será, inevitavelmente, uma inflação em escala global. A evolução dos preços em economias maduras e emergentes deve ser olhada com cuidado. Na China a inflação em 12 meses já está na casa dos 8,5%, Chile segue na cola com 8,3% e Índia um pouco abaixo, em 6,02%. Alemanha, Inglaterra e EUA apresentaram resultados mais comportados e acumulam em 12 meses 2,5%, 3,0% e 3,9% respectivamente. Por aqui a inflação está em 5,04% em 12 meses. Em nenhum desses países a trajetória é necessariamente explosiva ou fora de controle. No entanto, o efeito que a alta do petróleo hoje terá no futuro é líquida e certa, aumentando custos em toda escala produtiva (de transporte até embalagens).
Pela manhã os agentes financeiros no mercado doméstico monitoraram os dados da taxa de desemprego. A medição registrou 8,5% de desocupação, levemente melhor que o registrado no mês passado que ficou em 8,6%. Por outro lado, a evolução longa da taxa revela uma evolução positiva no mercado de trabalho no país. "Isto pode, em alguma medida, corroborar para pressões inflacionárias via salários reais mais altos. Mas também é um sinal claro que a economia vai bem e que este momento é uma oportunidade fantástica para o país", ressalta a Gradual corretora.
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) e devem priorizar o trecho que sinaliza que os riscos para a economia se mostram mais equilibrados e que, se necessário, o Fed adotará as medidas necessárias para combater as pressões inflacionárias.
(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)